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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mau uso de inseticidas pode prejudicar combate à dengue

Aplicação deve ser feita por equipes treinadas para o manuseio
O uso indiscriminado de inseticidas do tipo aerossol para combate à dengue pode representar danos ao meio ambiente e reduzir a eficácia de programas de controle ao mosquito aedes aegypti, que pode se tornar mais resistente.

“Apenas orientamos o uso de inseticidas quando há comprovação da transmissão de dengue, evidenciada por critérios epidemiológicos”, observa o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Barbosa explica que este tipo de aplicação só pode ser realizada por meio de equipamentos específicos, como os costais motorizados, que se assemelham a mochilas usadas pelos agentes, ou os montados em veículos, conhecidos como fumacê.

O secretário alerta, ainda, que a aplicação desses produtos no controle da dengue só deve ser feita pelas equipes de vigilância das secretarias estaduais e municipais de Saúde, que são treinadas para o manuseio seguro destes produtos. As diretrizes do ministério estão em acordo com as da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em nota técnica divulgada pela Secretária de Vigilância do Ministério da Saúde, o Ministério da Saúde chama a atenção para a ação dos moradores da cidade de Foz de Iguaçu (PR), que foram orientados a usar estes produtos, para enfrentamento da doença.

 
“A distribuição de inseticidas para a população é desprovida de qualquer evidência científica de que funcione para evitar surtos de dengue, não sendo, portanto, recomendada pelo Ministério da Saúde”, afirma a nota.

Por outro lado, Ministério da Saúde considera como mais eficazes para a prevenção e controle da dengue medidas de eliminação física dos criadouros do mosquito transmissor da doença, como a vedação de caixas d’água, desobstrução de calhas, entre outros.

De 561 cidades brasileiras, 48 têm risco de surto de dengue e 236 estão em alerta

 
Dados divulgados nesta segunda-feira (05/11) pelo Ministério da Saúde indicam que, dos 561 municípios monitorados pela pasta, 48 estão em situação de risco de surto de dengue, 236 estão em alerta para a doença e 277 apresentam índices considerados satisfatórios. O mapeamento foi feito entre outubro e novembro, em parceria com as secretarias municipais de Saúde.

De acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), mais de 3,9% dos imóveis das cidades em situação de risco apresentaram larvas do mosquito. Nos municípios em alerta, a taxa ficou entre 1% e 3,9%. O índice considerado satisfatório é inferior a 1%.

O balanço revelou ainda que 4,6 milhões de pessoas vivem em áreas de risco de epidemia de dengue. Os municípios nessa situação estão localizados em 16 estados e entre eles há três capitais: Rio Branco, Porto Velho e Cuiabá.
Fonte: Site Ururau

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