Teatro Trianon, completamente lotado |
No dia 17 de dezembro de 1937, tivemos a presença marcante de Carmem Miranda, sua irmã Aurora Miranda e os cantores Sílvio Caldas e Almirante, que se apresentaram no Teatro Trianon em Campos, completamente lotado. Comentava-se, na época, sua ida à Hollywood mais uma vez.
O Trianon era formado, naquela época no antigo endereço, de 156 frizas, 554 cadeiras na platéia, 290 balcões, 38 camarotes e 610 gerais para comportar 1800 espectadores. A obra foi considerada arrojada e o Trianon na época foi considerado um dos grandes espaços culturais do País, pelo seu tamanho e arquitetura luxuosa.
Carmen Miranda era uma mulher baixinha...alguma coisa por volta de 1m 53. Em função de sua pouca estatura gostava de usar aqueles saltos enormes, plataformas mesmo de tão altos. Por causa disso o radialista César Ladeira a batizou, carinhosamente, de “ A pequena notável”.
No final da década de 30 já estava contratada como artista exclusiva do Cassino da Urca.
Cantava os melhores compositores da época, como Assis Valente e Ary Barroso. Junto com o conjunto Bando da Lua, cantava a música “O que é que a baiana tem” quando foi vista por Lee Schubert, empresário americano de muita influência na Broadway. Esse contato rendeu a Carmem o ingresso no universo artístico norte-americano. Seu sucesso foi absoluto. Não tardou a ser chamada para fazer um filme em Hollywood. Outro sucesso. Seis meses depois de ter chegado na meca do cinema mundial foi convidada a deixar as marcas de suas mãos, pés e o seu autógrafo registrados na consagrada “ walk of fame”. Era uma consagração nunca vista por uma artista brasileira fora do Brasil.
Carmem tinha alcançado o topo de sua carreira. Era reconhecida dentro e fora do Brasil. E no exterior estava no mesmo patamar das maiores estrelas internacionais.
Fonte: Ururau
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