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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Saúde e Fiocruz: pesquisa sobre vacinação contra Hepatite A

crianças e adolescentes que farão parte da pesquisa são alunos da faixa etária de 1 a 19 anos
Em parceria com a Fiocruz, a Secretaria de Saúde de Campos iniciou nesta terça-feira (22/11) a pesquisa sobre o impacto da vacinação contra Hepatite A, disponibilizada gratuitamente pela prefeitura para as crianças menores de dois anos de vida. A iniciativa servirá de base para o projeto nacional de vacinação do Ministério da Saúde.

A pesquisa será feita com 1000 crianças para verificar se a maioria nunca teve contato com o vírus. Com base nestes dados, serão apontadas alternativas para ampliar a vacinação para maiores de dois anos de idade.


“O município de Campos foi o único que implantou a vacina contra Hepatite A, gratuitamente. Temos que lembrar que a doença precisa ser entendida pela população,” explica o coordenador de Saúde Coletiva, Charbell Kury.

As crianças e adolescentes que farão parte da pesquisa são alunos da faixa etária de 1 a 19 anos, em várias escolas que já foram sorteadas. A ação está prevista para durar até o início de 2012. Os resultados dos exames serão fornecidos à família do aluno no mesmo mês em que for feita a coleta. Todos os alunos que estão participando serão vacinados no ato do exame.

ENTENDA A HEPATITE A
Hepatite A é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus VHA que é transmitido por via oral-fecal, de uma pessoa infectada para outra saudável, ou através de alimentos (especialmente os frutos do mar, recheios cremosos de doces e alguns vegetais) ou da água contaminada.

Esse vírus pode sobreviver por até quatro horas na pele das mãos e dos dedos. Ele é também extremamente resistente à degradação provocada por mudanças ambientais, o que facilita sua disseminação, e chega a resistir durante anos a temperaturas de até 20ºC negativos.

A incidência da hepatite A é maior nos locais em que o saneamento básico é deficiente ou não existe. Uma vez infectada, a pessoa desenvolve imunidade contra VHA por toda a vida.

DIAGNÓSTICO
Além de levar em conta os sintomas, o diagnóstico da hepatite A é feito por meio da detecção de anticorpos contra o vírus VHA no sangue ou pela presença de seus fragmentos nas fezes.

SINTOMAS
A hepatite A pode ser sintomática ou assintomática. Durante o período de incubação, que leva em média de duas a seis semanas, os sintomas não se manifestam, mas a pessoa infectada já é capaz de transmitir o vírus.

Apenas uma minoria apresenta os sintomas clássicos da infecção: febre, dores musculares, cansaço, mal-estar, inapetência, náuseas e vômito. Icterícia, fezes amarelo-esbranquiçadas e urina com cor semelhante à da coca-cola são outros sinais possíveis da enfermidade.

No entanto, muitas vezes, os sintomas são tão vagos que podem ser confundidos com os de uma virose qualquer. O paciente continua levando vida normal e nem percebe que teve hepatite A.

GRUPO DE RISCO
Geralmente, é na infância que se entra em contato com o vírus. Por isso, as crianças constituem grupo de risco importante, assim como os adultos que interagem com elas e os profissionais de saúde.

EVOLUÇÃO
Em geral, o quadro de hepatite A se resolve espontaneamente em um ou dois meses. Em alguns casos, porém, pode demorar seis meses para o vírus ser eliminado totalmente do organismo.

A hepatite A é uma doença de curso benigno, mas potencialmente grave. Embora não sejam frequentes, complicações podem surgir. Uma delas, a hepatite fulminante, é um quadro que se caracteriza pela necrose maciça e morte das células hepáticas nas primeiras seis a oito semanas da infecção. São raros os casos de pacientes com mais de 50 anos que sobrevivem a essa forma da doença.

TRATAMENTO
Não existe tratamento especifico contra a hepatite A, nem embasamento terapêutico para recomendar repouso absoluto. Na vigência dos sintomas, porém, o próprio paciente se impõe repouso relativo.

Pessoas que vivem no mesmo domicílio que o paciente infectado ou que estão em más condições de saúde podem receber imunoglobulina policlonal para protegê-las contra a infecção.

É absolutamente fundamental que o consumo de álcool seja abolido até pelo menos três meses depois que as enzimas hepáticas voltaram ao normal.
Fonte: Site Ururau

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