Um dia de campo sobre café conilon, promovido pela Emater-Rio na microbacia Córrego do Açude, localidade Espírito Santinho, em Campos dos Goytacazes, encheu de entusiasmo estudantes e agricultores. Nesta sexta-feira (6/07), o agricultor Ludgero Pereira da Silva, conhecido como Gel, contou a um público de aproximadamente 200 pessoas o sucesso da sua lavoura de café, no sítio Café com Leite. Participaram agricultores da própria microbacia, de outras regiões do município e até do estado do Espírito Santo, além de estudantes do curso de técnico agrícola da unidade do Instituto Federal Fluminense (IFF) em Bom Jesus de Itabapoana.
Gel, que trabalha com a mulher Cleonice e os três filhos, resolveu investir numa lavoura de café conilon irrigado em 2009. Hoje, na segunda colheita, comemora uma média de sacos de café superior à da região sul do estado vizinho. “A nossa referência é o sul do Espírito Santo, porque aqui quase não tem ninguém plantando café”, explica o engenheiro agrônomo Glauco Lessa, consultor da propriedade. Na primeira safra, no ano passado, ele atingiu a média de 50 sacos por hectare, quando no estado vizinho é de 30 sacos. Este ano a safra está chegando ao final e a expectativa é que atinja 80 sacos por hectare. Gel tem 1,5 hectare cultivado com pés de café que estão completando três anos e outro hectare com mudas de um ano.
Até investir em café, Gel tinha vacas de leite que rendiam 50 litros por dia, mas, para continuar investindo em café e mantendo a família, ele melhorou também a atividade leiteira e atualmente tira 200 litros de leite por dia, em média, o que possibilitou uma melhoria na renda da família. “Quando eu me entusiasmei com o café irrigado, não tinha dinheiro para fazer o projeto. O consultor me disse para procurar a Emater-Rio e assim fui conseguindo os financiamentos. Agora nos mantemos, estamos pagando os empréstimos e temos uma renda melhor”, disse o agricultor.
Técnico executor do Rio Rural na microbacia Córrego do Açude, Alarcon de Miranda revela que Gel e a família só tiveram sucesso porque não têm medo de trabalho e porque seguem à risca as orientações técnicas repassadas a ele. “Ele tem vários financiamentos, do Governo Federal e do Rio Genética e já aderiu ao Rio Rural. Além disso, participa de programas para melhoria da atividade agrícola. Eles são sem dúvida um exemplo para os outros agricultores”, revelou o extensionista. Gel deverá ser beneficiado também pelo o Rio Rural, com um projeto de irrigação, mas ele e o técnico ainda vão avaliar qual a melhor opção, se a lavoura ou o pastejo.
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