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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Bancários iniciam greve em todo país por tempo indeterminado

Procon orienta consumidor sobre o pagamento das contas vencidas


Teve início nesta terça-feira (18/09) mais uma greve dos bancários em todo o país e por tempo indeterminado. O movimento foi decidido após assembleia da categoria, realizada na última semana, motivada pela não apresentação de nova proposta dos bancos.

A categoria reivindica 10,25% de reajuste salarial, composto de aumento real de 5% mais a reposição da inflação projetada para o período, de 5%, além de piso salarial de R$ 2.416,38. A data-base da categoria é 1º de setembro.

Também estão entre as principais reivindicações econômicas dos bancários, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, e vales refeição, alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada. A categoria também quer fim das metas abusivas, mais contratações, o fim das terceirizações e o cumprimento da jornada de 6 horas.

Preocupados com a greve, clientes lotaram as agências bancárias na segunda-feira (17/09).

No final de setembro de 2011, os bancários iniciaram a greve que durou 21 dias, sendo maior desde 2004, que durou 30 dias. Em 2011, os bancários reivindicavam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados, mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral, entre outros pleitos. O acordo foi firmado em reajuste salarial de 9%, incluindo a inflação dos últimos 12 meses até setembro mais 1,5% de aumento real, além de outras melhorias financeiras. Também foi proposta a valorização do piso com correção de 12%, passando para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%). 

Ficou acertado ainda uma elevação do percentual para o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Além de concordar em não descontar os dias parados, os representantes dos banqueiros assumiram o compromisso informal de ampliar o número de vagas nas agências. 

PROCON ORIENTA SOBRE AS CONTAS VENCIDAS
De acordo com a secretária executiva do Procon em Campos, Rosangela Tavares, não existe lei específica que proteja o consumidor quanto ao não pagamento de juros durante o decorrer da greve. No entanto, em todos os anos onde houve paralisações de bancários no município, o órgão conseguiu, junto a Justiça que a população pudesse efetuar seus pagamentos sem juros, no primeiro dia útil pós-greve.  

E as contas que podem ser pagas nas casas lotéricas devem ter o pagamento efetuado normalmente.

“Quanto às contas já vencidas, antes do início da greve, durante a paralisação, os juros vão continuar correndo, e esses valores nós não conseguimos abater”, alertou Rosângela.

  

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