Teste encontrou características observadas só em deprimidos.
Humor inconstante do jovem dificulta diagnóstico da doença.
Cientistas da Universidade Northwestern, dos Estados Unidos, desenvolveram um exame de sangue capaz de diagnosticar a depressão em adolescentes. O teste pioneiro chega a esse resultado ao medir um conjunto específico de características encontradas no sangue do paciente.
Diagnosticar adolescentes vem sendo uma preocupação urgente da medicina, porque eles se mostram muito vulneráveis à doença, mas seu diagnóstico tende a ser difícil de ser feito justamente porque as mudanças de humor nessa fase são bastante comuns.
O teste também é o primeiro a identificar os subtipos da depressão. Ele distingue entre adolescentes com maior grau da doença e aqueles com depressão maior associada ao transtorno de ansiedade. Essa é a primeira evidência de que é possível diagnosticar subtipos de depressão a partir do sangue.
"Neste momento, a depressão é tratada com um instrumento cego", disse Eva Redei, professora de psiquiatria e ciências comportamentais da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern e principal pesquisadora do estudo, publicado na revista médica “Translational Psychiatry”.
"Este é o primeiro passo significativo para nós entendermos que o tratamento será mais eficaz para cada paciente", acrescentou.
"Sem um diagnóstico objetivo, é muito difícil fazer essa avaliação. O diagnóstico precoce e a classificação específica da depressão precoce pode levar a um maior repertório de tratamentos mais eficazes e cuidados individualizados melhores"
As taxas estimadas de pré-adolescentes com alto grau de depressão salta de 2% a 4% para 10% a 20% no final da adolescência.
O início precoce da depressão em adolescentes tem um pior prognóstico do que quando ela começa na fase adulta. Adolescentes que têm a doença, mas não são tratados, correm mais risco de abusar de drogas, de viverem em situação de desajuste social, além de ficarem mais suscetíveis a cometer suicídio, de sofrer de outras doenças, e de terem problemas de desenvolvimento, segundo os autores do estudo.
Ao todo foram analisados 28 adolescentes, todos pacientes de Kathleen Pajer, uma das co-autoras do estudo realizado junto a outros pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil Nationwide, em Columbus, no Estado de Ohio.
Entre estes, 14 adolescentes sofriam de um grau maior de depressão e não haviam sido tratados clinicamente, comparados a outros 14 adolescentes não-deprimidos, todos na faixa de idade entre os 15 a 19 anos de idade, pareados por sexo e raça.
Eles fizeram o exame de sangue nos adolescentes identificando 26 marcadores genéticos. Por meio do exame, a pesquisadora descobriu que 11 dos marcadores diferenciaram os adolescentes deprimidos dos não deprimidos.
Além disso, 18 dos 26 marcadores distinguiram entre os pacientes que tiveram depressão de alto grau e aqueles que tinham depressão associada ao transtorno de ansiedade.
"Estes 11 genes são, provavelmente, a ponta do iceberg porque a depressão é uma doença complexa", disse Redei. "Mas é uma entrada para um fenômeno muito maior que tem de ser explorado. Indica claramente que podemos diagnosticar a partir do sangue e criar um teste de sangue para diagnóstico de depressão", disse Brian Andrus, do laboratório de Redei, que fez as análises de sangue.
Font:e: G1
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O método atual de diagnóstico da depressão se baseia na capacidade do paciente em relatar sintomas e na capacidade do próprio médico em interpretá-las.Diagnosticar adolescentes vem sendo uma preocupação urgente da medicina, porque eles se mostram muito vulneráveis à doença, mas seu diagnóstico tende a ser difícil de ser feito justamente porque as mudanças de humor nessa fase são bastante comuns.
O teste também é o primeiro a identificar os subtipos da depressão. Ele distingue entre adolescentes com maior grau da doença e aqueles com depressão maior associada ao transtorno de ansiedade. Essa é a primeira evidência de que é possível diagnosticar subtipos de depressão a partir do sangue.
"Neste momento, a depressão é tratada com um instrumento cego", disse Eva Redei, professora de psiquiatria e ciências comportamentais da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern e principal pesquisadora do estudo, publicado na revista médica “Translational Psychiatry”.
"Este é o primeiro passo significativo para nós entendermos que o tratamento será mais eficaz para cada paciente", acrescentou.
"Sem um diagnóstico objetivo, é muito difícil fazer essa avaliação. O diagnóstico precoce e a classificação específica da depressão precoce pode levar a um maior repertório de tratamentos mais eficazes e cuidados individualizados melhores"
As taxas estimadas de pré-adolescentes com alto grau de depressão salta de 2% a 4% para 10% a 20% no final da adolescência.
O início precoce da depressão em adolescentes tem um pior prognóstico do que quando ela começa na fase adulta. Adolescentes que têm a doença, mas não são tratados, correm mais risco de abusar de drogas, de viverem em situação de desajuste social, além de ficarem mais suscetíveis a cometer suicídio, de sofrer de outras doenças, e de terem problemas de desenvolvimento, segundo os autores do estudo.
Ao todo foram analisados 28 adolescentes, todos pacientes de Kathleen Pajer, uma das co-autoras do estudo realizado junto a outros pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil Nationwide, em Columbus, no Estado de Ohio.
Entre estes, 14 adolescentes sofriam de um grau maior de depressão e não haviam sido tratados clinicamente, comparados a outros 14 adolescentes não-deprimidos, todos na faixa de idade entre os 15 a 19 anos de idade, pareados por sexo e raça.
Eles fizeram o exame de sangue nos adolescentes identificando 26 marcadores genéticos. Por meio do exame, a pesquisadora descobriu que 11 dos marcadores diferenciaram os adolescentes deprimidos dos não deprimidos.
Além disso, 18 dos 26 marcadores distinguiram entre os pacientes que tiveram depressão de alto grau e aqueles que tinham depressão associada ao transtorno de ansiedade.
"Estes 11 genes são, provavelmente, a ponta do iceberg porque a depressão é uma doença complexa", disse Redei. "Mas é uma entrada para um fenômeno muito maior que tem de ser explorado. Indica claramente que podemos diagnosticar a partir do sangue e criar um teste de sangue para diagnóstico de depressão", disse Brian Andrus, do laboratório de Redei, que fez as análises de sangue.
Font:e: G1
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