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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Morar Feliz realiza sonho da casa própria de 3059 famílias de Campos

Projeto é considerado o maior programa habitacional do País
A sensação de dormir e acordar sob um teto que pode chamar de seu já pode ser comemorada por 3059 famílias de Campos. Além da realização do sonho da casa própria, o Programa Morar Feliz implantado no ano de 2011 retirou cerca de 13 mil pessoas da situação de risco em que viviam, não somente às margens de rodovias, mas principalmente de áreas de alagamento e as transferiu para novas casas em conjuntos habitacionais em Lagoa das Pedras, Tapera, Eldorado, Penha, Santa Rosa e Novo Jóquei.


O impacto do projeto que tem investimento em torno de R$ 357 milhões e é considerado o maior no setor de habitação, em todo o Brasil, já pôde ser notado nas enchentes que assolaram o município no início de 2012, que teve 803 famílias atingidas. Levando-se em consideração que na localidade de Três Vendas, o rompimento da BR-356, foi uma eventualidade que acarretou prejuízo a 546 famílias, é possível dizer que o município teve somente 257 famílias atingidas, contra as cerca de 22 mil quando o nível atingiu aproximadamente a mesma cota em 2008.

Para o Secretário de Defesa Civil de Campos, comandante Henrique Oliveira, que já atuava a frente do órgão em 2008 quando o município passou por uma das piores enchentes de sua história, o Programa Morar Feliz trouxe uma estabilidade jamais notada.

“Sem a retirada dessa população da área de risco, numa enchente no mesmo molde deste ano teríamos, sem dúvida, cerca de 1500 famílias afetadas, o que acarretaria em cerca de 12 mil pessoas. Além de Ururaí, que teve somente uma família desabrigada, percebemos a diferença, nos Parques São Mateus, Lebret, Guarus e tantos outros bairros que foram atingidos, sem famílias afetadas,” revelou o comandante.

De acordo com o secretário de governo, Geraldo Pudim, já em 2012 mais 332 casas estão sendo entregues ainda no mês de janeiro no Novo Jockey e até o final do primeiro semestre, a expectativa é de que as 5100 casas, da primeira fase do Programa sejam finalizadas, eliminando o problema de moradores em áreas de risco.

“Quando a prefeita Rosinha venceu a eleição de 2008, mesmo antes da posse ela trabalhou no atendimento de mais de 22 mil pessoas que foram atingidas e firmou o compromisso de resolver o problema de moradores de áreas de risco e principalmente das áreas de alagamento. Num primeiro momento e de natureza emergencial, ela lançou mão do aluguel social e o segundo passo foi a concretização do Programa Morar Feliz. A entrega dessas 5100 casas, da primeira fase do projeto elimina definitivamente o problema de famílias em áreas de risco no município,” revelou o secretário.

Pudim disse ainda que encerrada a primeira fase do projeto, a Prefeita deve decidir o quantitativo de casas a serem licitadas, para iniciar a segunda fase que deve atender às famílias em vulnerabilidade social.

Para a secretária de Família e Assistência Social do Município, Izaura Freire, o programa impacta as famílias de duas maneiras diferentes. Num primeiro momento a transferência para uma área diferente e num segundo momento, a possibilidade de aquisição de novos valores culturais.

“As pessoas, principalmente as mais idosas sofrem um impacto por terem vindo de áreas mais tranqüilas. Em contrapartida vem a questão cultural. De acordo com nosso levantamento de dados, 70% não tinham banheiros em suas casas. Os resultados do último senso que revelaram a redução da população considerada “favelada” em Campos, demonstra como a política habitacional adotada pela prefeita tem sido efetiva. Garantindo não só uma nova estrutura para essas famílias, mas proporcionando o resgate da auto-estima,” disse Izaura.

Para a dona de casa Viviane Ribeiro Bastos Manhães, de 44 anos, o ano novo começou com uma nova vida. Moradora da localidade de Ururaí há mais de 20 anos, deixou para trás uma história de muito trabalho, mas também de muitas perdas.

“Perdi as contas de quantas vezes perdi tudo por causa das enchentes. Não tenho armário no meu quarto nem móveis de sala, por que até hoje não consegui comprar para colocar no lugar de tudo que perdi. Deixei uma história de uma vida toda em Ururaí, mas não vou sentir nenhuma saudade. Eu morria um pouquinho a cada enchente e agora, vou poder ver dentro da minha casa o valor do meu trabalho. Sou babá de uma família lá em Ururaí e aqui tem ônibus e van na minha porta. Vou ter que acordar mais cedo, mas trabalho não mata ninguém. Essa casa foi uma bênção na minha vida,” revelou emocionada a dona de casa que mora com três filhas.


Ururau


Site: Ururau

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