Com a disponibilidade cedida pela prefeitura, de oferecer gratuitamente tratamento para mulheres que possuem o sonho de engravidar, o município encontra-se na rota dos grandes centros de pesquisa avançada do país no que tange à fertilização humana. Instalado nas dependências do Hospital Escola Álvaro Alvim, o Centro de Infertilidade e Medicina Fetal do Norte Fluminense é hoje um referencial na técnica pioneira de fertilização in vitro, denominado INVO. O setor foi criado contando com o respaldo do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), que investiu aproximadamente R$ 900 mil no projeto de implantação.
A sigla inglesa, que tem como significado dispositivo de cultivo intravaginal, é um método mais natural e menos invasivo e fez do município de Campos o pólo pioneiro na iniciativa, contando com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde janeiro do ano passado. Um dos pontos de maior ênfase nesse novo procedimento médico aconteceu com o nascimento, no dia 23 de agosto de 2011, de Maria Vitória Souza Barbosa – com quase três quilos - o primeiro bebê gerado pela técnica dos pesquisadores campistas. Matérias foram veiculadas, a partir do nascimento de Maria Vitória, em jornais, sites e tabloides de todo o mundo.
Hoje com mais de 8 Kg, Maria Vitória tornou-se um símbolo vivo do sucesso da nova empreitada realizada em Campos dentro da área da saúde e reprodução humana. Sendo responsável pela realização e vinda do INVO para o município, o coordenador Francisco Augusto Colluci diz que a demanda é intensa, com média mensal de 150 pacientes que, já cientes de que querem engravidar, se dirigem ao centro. Dr. Colucci frisa, também, que a média de concepção com a nova técnica é de mais de 40%.
- Esse realmente foi um avanço dentro da medicina e ciência. Permite um reavivamento da esperança entre casais que querem, a todo custo, engravidar. Além desse pioneirismo no processo de reprodução humana, contamos com a questão tempo: enquanto no restante do país – inclusive em São Paulo – a fila de espera por um tratamento assim é de cinco anos, em Campos conseguimos realizá-lo entre mulheres na faixa dos 24, 25 anos até uns 44, dentro de um período de seis meses - destacou Colucci.
Novos métodos – Sendo motivo de explanação em outros centros, como na capital paulista – em congressos sobre reprodução humana e assistida – o Centro de Infertilidade e Medicina Fetal do Norte Fluminense desenvolve mais dois métodos: um que se baseia no DNA para tratamento do sêmen e o NIDACON, onde procedimento médico insere um óvulo fecundado na placenta da paciente, para cultivo de embriões. Quanto ao INVO, Colucci é enfático ao afirmar que “o processo mantém as condições do corpo humano, tanto em temperatura, dotando o embrião de todos os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Essa cápsula biológica fica no corpo da mãe, unindo óvulos e espermatozoides por três dias. Depois, já formado, o embrião é retirado da cápsula e trazido para o útero, sem qualquer utilização de laboratório e resgata assim, com tudo resolvido, a esperança para o casal que anseia, há anos, gerarem um filho”.
Fonte: http://www.campos.rj.gov.br
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