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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Estado do Rio pode enfrentar onda de violência com greve da PM

Nesta quinta-feira(09/02), policiais e bombeiros do Rio se reúnem na Cinelândia, um dos pontos mais movimentados do centro, em assembleia que decidirá se iniciam ou não a paralização no dia seguinte. Na Bahia, policiais militares estão em greve desde o dia 31 de janeiro, o que causou um clima de caos no Estado. Foram registrados arrastões e o número de assassinatos chegou a 93 na região metropolitana de Salvador

Na tentativa de evitar o desgaste do ano passado, quando entrou em conflito com bombeiros que radicalizaram o movimento por aumento salarial, e diante da gravidade da situação na Bahia, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), se mobiliza para esvaziar a ameaça de greve da polícia e da defesa civil às vésperas do carnaval. Além de antecipar para este mês o pagamento dos reajustes de bombeiros e de policiais militares e civis que aconteceria ao longo de 2012, Cabral deu entrevistas em que prometeu normalidade e segurança para a população, mas tudo indica que o Rio pode ter o mesmo quadro da Bahia

Entre 2012 e 2013, o aumento total será de 38,8%. Os militares sem filhos que recebiam auxílio-moradia da 45% sobre o soldo terão um aumento extra e passarão a receber os 107% pagos aos que têm dependentes. Pela proposta do Executivo, o salário base de um soldado da PM e do Corpo de Bombeiros chegaria em outubro de 2013 a R$ 2.077,23 mensais, incluindo o auxílio-moradia, de cerca de R$ 551,36.

Reivindicações. A categoria reivindica R$ 3.500 como salário inicial dos soldados. O salário base dos soldados policiais e bombeiros hoje é R$ 1.277,13 para os que têm auxílio-moradia menor e de R$ 1.510,18 para os que têm o benefício maior. O reajuste a ser pago este mês será de pouco mais de 10%. “O que o governador propõe não atende a nenhuma das três categorias. Há nove meses tentamos uma audiência com ele, sem resposta”, diz o líder do movimento dos bombeiros, o cabo Benevenuto Daciolo. Segundo Daciolo, policiais e bombeiros trabalharão hoje com fitas pretas em sinal de luto e solidariedade aos PMs baianos.

Os PMs reivindicam ainda R$ 350 de vale refeição e outros R$ 350 de vale transporte, além de adicional de insalubridade. “Temos diagnosticado tentativas de desestabilizar o Estado. Vem de um grupo reduzido, aqueles derrotados nas eleições de 2010 que fazem oposição irresponsável. Mas as corporações não se contaminam”, disse o governador em entrevistas a rádios do Rio, sem citar nomes dos adversários.
Fonte: Campos 24 horas

Um comentário:

Anônimo disse...

Greve de PMs não coloca só toda população em risco como TODOS que fazem parte das famílias deles também